terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Francis Bacon












Francis Bacon nasceu em 28 de Outubro de 1909 em Dublin, morreu em 28 de Abril de 1992, em Madrid.
Filho de pais ingleses, o seu pai foi um veterano da Guerra dos Boêres, Eddy Bacon, que posteriormente se tornou num treinador de corrida de cavalos, a sua mãe foi herdeira de um negócio de aço e de uma mina de carvão.
Francis foi cuidado por uma enfermeira, Jessie Lighfoot, pois foi uma criança asmática e com alergias a cães e a cavalos, no decurso das suas crises era obrigado a tomar morfina. Todavia, o seu pai, uma pessoa severa, rude e violenta, perante esta situação tinha por hábito chicotear Bacon que era para o “fazer homem”. Esta ocorrência gerou nele um comportamento de oposição a seu pai. A sua infância difícil influenciou e inspirou as suas obras.
Foi um pintor Irlandês de pintura Figurativa. A sua obra espelha audácia e austeridade. Pintor autodidacta, nunca recebeu educação formal, os seus primeiros trabalhos reflectem influência de Picasso.
Bacon foi viver para Londres, aí foi decorador de interiores sem deixar de lado a pintura.
Em 1933, a sua “crucificação” ilustrou o livro de Herbert Read Art Now. Em 1945, Bacon realizou a sua primeira exposição individual na “Lefevre Gallery”, onde as suas obras expunham imagens com tons sanguíneos. Todavia, a população da época não aceitou de bom agrado as suas obras, não houve admiração mas sim recusa. Período em que tinha ocorrido a 2ª guerra mundial, as pessoas queriam ver e ouvir falar de paz e já estavam fartos das calamidades da guerra.
Muitas das suas obras foram realizadas através de fotografias rasgadas e amarrotadas, de animais selvagens, de combates de boxe e de futebolistas. É crucial referir, que nos anos 50, o retrato de Inocêncio X de Velásquez, produzida a partir da obra de Diego Velaquez, influenciou várias telas do pintor, inspiradas em William Blake e na pintura de Van Gogh. Bacon traçou nestas obras uma visão mais “modernista” do mundo.As obras de Bacon expõem temas que chocaram as pessoas, temas que eram tabu, nomeadamente as fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina, o sangue, a urina, o esperma, o sexo, a solidão, a dor e a expressão animal.


Texto:Anabela Ribeiro

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